Iris de beleza rara
rara
tanto incomum
dentre as raridades
Iris tão formosa
tão fogosa
tão vívida
um tanto avida
tanto sedenta
tão humanas
de intensa
densa
intensas humanidades
Iris cantora
encantadoras
de meias palpebras
sem magia
ou encanto
canta teu canto
lirismo viceral
de sutil
e brutal
sinceridade
foraz de ser
humano
Iris bela
dança sinuosa
sinuosa
despida de pudor
ela é em si
ela em essência
é amor
ódio
vingança
carinho
medo
devoção...
sentimentos
desejos
razão
dançando juntos
uma só
em par
Iris!
é ela verde
verde tão lúcida
transparente
verde
translúcida
toda paixão
paixão
toda paixão
todas paixões
paixões declaradas
implicitas
disfarçadas...
todas paixões
abotoadas
afloradas
defloradas
toda paixão
todas paixões
humanas.
Iris nua
são duas
em uma Lua
luas cheias
verdes
tão verdes
cor de uma floresta
feixe verde
verde luz numa fresta de saudade.
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Assim é covardia... aí você me arrebata!
ResponderExcluirSobre a carcaça da humanidade
ResponderExcluirAvançavam violentamente
sobre a carcaça podre
Uns para algum tipo de ritual
não muito racional, porém solene
Outros para lhe comer a carne putrefata
A fim de alimentar sua própria vileza
e todo o seu desespero
Lutavam primitivamente
Arrancando mutuamente sangue, vísceras
e cartilagem
Constatando a fragilidade da vida na morte
Banalizando uma e outra
Comiam-se como quem ama
Matavam-se como quem come
Odiavam-se com poesia...
e muita frieza
Encontravam-se destituídos de todo e qualquer sentimento
Solidariedade, amor, compaixão... ódio
Nem um ódio visceral!
Eram apenas necessidade e instinto
Estavam absolutamente desumanizados...
e nunca me pareceram tão humanos!