Quanta coisa não dita
Enterrada no silêncio
Sussurrada em pensamento
Quanta palavra escondida
No véu-de-palpebras
Em olhares derramadas
Quanta poesia escrita
Sem pápeis sem tintas
Num pergaminho-carinho
...
Tanto amor
Tanto sentimento
Soterrados pelo cimento-do-tempo
Embotados pela salmoura-das-ilusões
Que a cal do dia-a-dia
Isolou em complexidade
O coração, as sensações
Fechou-os com extensa lápide
Sem dizeres na mármore
...
Quanto pedido de socorro
Presente no olhar perdido
Quanto dialogo fechado
No silêncio esquecido
Quanto abandono de amigo
Num afago retraído
...
Tantos versos feitos
No solitário silêncio
Tantas estrofes escritas
Num olhar timido
Tantas rimas ricas
Nas aliterações das carícias
...
Um gesto
Um silêncio
Um olhar
Guardam mistérios
Assim como a Terra
O mar
O ar
E o universo
...
Quanta coisa não dita
Enterrada no silêncio
Sussurrada em pensamento
Quanta palavra escondida
No véu-de-palpebras
Em olhares derramadas
Quanta poesia escrita
Sem pápeis sem tintas
Num pergaminho-carinho
A timidez
O medo
As magoas
As ânsias
Fecham a alma
Calam a boca
Mas o sábio do humano
É o corpo
Que sussurra
Que fala
Que berra
Num gesto, num olhar, num silêncio
04/10/08
Capibalismo
Enquanto
a artificialidade
das luzes opacas
pálidas
das cidades
ofuscarem
devorarem
em seu apetite
lascivo insaciável
o brilho natural
das estrelas
reinará
despota tirano
o egoetnocentrismo...
Haverá Guerra.
a artificialidade
das luzes opacas
pálidas
das cidades
ofuscarem
devorarem
em seu apetite
lascivo insaciável
o brilho natural
das estrelas
reinará
despota tirano
o egoetnocentrismo...
Haverá Guerra.
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